Aos amigos e leitores, desejo um 2012 de muitas realizações, saúde e sucesso. Aproveito também para agradecer a todos que estiveram ao meu lado nos bons e maus momentos (que não foram poucos) de 2011!
Em Março passado, após ter sido preso pela 2ª vez e transferido para o 23º GBM - Resende, decidi me ausentar temporariamente do blog e reavaliar o que seria mais apropriado para seguir em frente e não podia imaginar o tamanho do furacão que estava por passar sobre a corporação nos meses vindouros.
Há momentos em que você pára ou enlouquece ou adoece. A história está aí para comprovar isso e apesar de muitos pensarem diferente ou eu não me fazer entender perfeitamente, sempre busquei entender o que se passava em toda a nossa pirâmide hierarquica e transmitir a imensa insatisfação que percebia em nossas fileiras, mas a intolerância e a "cegueira" não permitiam que soluções fossem trabalhadas e sequer era percebido o problema, a fim de atender interesses que, apesar não gostar de relembrá-los, hoje são página virada em nossa realidade. ("PRIVILÉGIOS DESTRÓEM DIREITOS!")
Sem dúvida, o ano de 2011 foi marcante na história do Corpo de Bombeiros e dos militares que, de todas as maneiras, lutaram para que fossem dados passos importantes na busca da evolução da corporação, com ênfase na valorização dos recursos mais necessários e, por muitas vezes, menos valorizados, os homens e mulheres, militares de uma corporação que há 155 anos prima pela prestação de serviço fundamental à ordem pública e social, assim como pelo cumprimento de nossas missões constitucionais de proteção de vidas e bens.
Eu, particularmente, participo de inúmeros atos reivindicatórios desde o ano de 2006. Foram-se os 40 da Evaristo, os Barbonos, Equiparação Salarial com a Polícia Civil, a luta pelo resgate da Secretaria de Defesa Civil e consequente desvinculação à Secretaria de Saúde, a luta pela aprovação da PEC 300, a luta pela inclusão dos bombeiros na Bolsa Olímpica (ou "Volta Olímpica", como é conhecida nos quartéis pela covardia que fizeram ao serem publicadas a portaria de criação e até as regras para participação e posteriormente ser revogada pelo Governo Federal), as lutas diárias nas OBM onde servi e, por último, toda essa "batalha" que se travou no ano de 2011, nas manifestações que começaram com os militares dos grupamentos marítimos e se alastraram aos 04 cantos do estado, atingindo até a sociedade que se posicionou claramente em defesa de nossa classe. Hoje, confesso que apesar do desânimo e cansaço diante das inúmeras situações adversas que enfrentei e enfrento cotidianamente, sinto ainda mais fortalecido para seguir em frente ao ver que, do coronel ao soldado, é consenso a necessidade de valorização dos recursos humanos no CBMERJ, seja ela de natureza remuneratória ou profissional, como nunca antes pudemos perceber. Basta que escolhamos o melhor caminho a partir de agora! Infelizmente, tal situação fora despertada da maneira que foi, mas a intolerância e a negação dos problemas e desafios fez com que esse processo de ruptura tenha se dado da maneira que todos nós conhecemos.
Não, não vim aqui contar história e muito menos o poderia fazê-lo, até porque minha participação foi mínima nesses últimos acontecimentos, mas venho aqui reconhecer que, independente das inúmeras necessidades e desafios que temos pela frente, além dos erros cometidos, houve inúmeras vitórias, assim como é necessário analisar friamente as "derrotas" que nos edificaram com os ensinamentos que trouxeram e que é preciso escolher o melhor caminho para seguir em frente. Do fundo do coração, espero que 2012 seja o ano da PAZ e do resurgimento da HARMONIA no CBMERJ, aliados às conquistas que virão a partir do DIÁLOGO e da atenção às necessidades básicas de nossa valorosa tropa. E que sejamos sabedores que a solução de qualquer dos nossos inúmeros problemas nunca esteve e nunca estará nos extremos, assim como nossa salvação não pode e não deve caber a homem qualquer, seja ele quem for e esteja ele em que posição estiver.
Minha mais sincera continência aos que lutaram e lutam com sabedoria e discernimento esse combate e aos sóbrios que, através do diálogo, educação e fidalguia têm buscado recobrar a boa convivência e harmonia em nossa corporação!
Fraternal abraço a todos, como os votos de um FELIZ 2012,
Depois de 06 meses servindo na BM3, fui transferido ontem para o CSM, onde me apresento na próxima semana. Aos meus amigos, familiares e companheiros da corporação que tanto me apoiaram nos bons e maus momentos vividos ao longo desses últimos anos, e tão somente a vocês, ratifico que no mesmo dia que o atual comandante-geral, Cel Simões, me avisou que me transferiria do 23º GBM - Resende para a BM3, disse-me que no dia que achasse por bem ser transferido para outra OBM, bastava que solicitasse a ele e assim o fiz, indo servir no CSM, próximo à minha casa e em um dos locais mais importantes para o corporação. Mais uma vez lhe sou grato e, falácias à parte, entrei e saí daquela Seção do EMG pela porta da frente, de cabeça erguida, assim como o fiz em todos os quartéis onde servi. Aliás, apesar do pouco tempo, muitos foram os aprendizados lá e também a certeza de ter deixado valorosos amigos.
"E voltei, eu voltei agora é pra ficar
Por que aqui, aqui é o meu lugar
Eu voltei pras coisas que eu deixei,
Eu voltei..." (Roberto Carlos)
Boa tarde, pessoal!
Lá se vão quase 08 meses que o Diário Bombeiro Militar está inativo e muitos acontecimentos tivemos nesse tempo. Aliás, o principal motivador dessa pausa nas postagens vem da intensa turbulência que se viveu, e ainda se vive, no Corpo de Bombeiros além de alguns impedimentos particulares que me impossibilitaram de manter ativo esse espaço virtual. Muitas também foram as reflexões que fiz e venho fazendo sobre tudo o que tem passado dentro e fora da Caserna. Fora o tempo de atuação do Diário, lá se vão quase 05 anos de intensa luta pela valorização e reconhecimento da "Família Bombeiro Militar" do Rio de Janeiro, com muitas vitórias, algumas derrotas, mas, CERTAMENTE, com muito APRENDIZADO!
Espero que possamos voltar a debater nossa atividade, apontar problemas e soluções por aqui da mesma forma que desde Abril de 2009 o fazemos.
Sejam todos bem vindos, mais uma vez, ao DIÁRIO BOMBEIRO MILITAR!
O sargento Tibiriçá Cruz, salva-vidas do Posto 12 da Praia do Pontal, foi “convocado” para participar do resgate da menina por um motorista, que o conduziu, junto com outros dois colegas, ao local do acidente.
Antes de deixar a guarita em que trabalha, levou uma máscara de mergulho, uma faca e uma corda. O equipamento foi essencial durante o resgate. A faca foi usada para facilitar as buscas no momento em que o veículo foi localizado.
A corda foi amarrada no veículo, que foi retirado da água. Mas o conhecimento em primeiros socorros foi ainda mais importante do que a utilização do equipamento. Quando segurou a criança nas mãos ainda dentro d‘água, o sargento fez respiração boca-a-boca.
— Esse procedimento é essencial. Quando a criança expeliu água, percebi que era possível que ela saísse do acidente com vida.
O resgate também mobilizou pessoas comuns, como o administrador Daniel Cardoso, de 31 anos, que passava pelo local e não pensou duas vezes na hora de ajudar nas buscas.
— Ouvi a mãe gritando: “A minha filha tá dentro do carro”. Decidi ajudar. Se a minha filha estivesse nessa situação, também gostaria que as pessoas agissem assim — disse Daniel, pai de uma menina de 11 meses.
(FONTE: Jornal EXTRA, 15/02/2011, reportagem)
"Nesta hora,
esquecemos a indiferença com que somos tratados,
esquecemos os baixos salários que nos são pagos,
esquecemos a má alimentação,
esquecemos as horas de folga comprometidas,
esquemos a fadiga,
enfim,
esquecemos todos os nossos problemas,
apenas oramos a Deus para que nos acompanhe,
ajudando a salvar uma vida, e a voltarmos para nossos familiares.
Belo resgate!!
Mais uma missão cumprida!!
Ser Bombeiro é na paz a sagrada missão!!
Só quem é Bombeiro sabe e se orgulha!!
E isso, ninguém nos tira!!
Parabéns aos bravos guerreiros que efetuaram, com técnica e perfeição, esse resgate!!
Que Deus continue nos abençoando e permita que em breve,
esta menina possa estar trazendo alegria para sua casa!"
(texto retirado do orkut, comunidade cbmerj)
Só nos resta reverenciar, aplaudir e aprender com mais essa lição de eficiência, preparo técnico e compromisso com o dever de "VIDA ALHEIA E RIQUEZAS SALVAR" proporcionada por nossos companheiros.
Minha continência a todos BOMBEIROS que participaram desse brilhante salvamento!
A cada salvamento desses que assistimos ou participamos, aumenta o orgulho por nossa profissão (mesmo que inversamente proporcional à admiração por nossa corporação)!
Minha continência a todos os militares do CBMERJ que, com ou sem reconhecimento e mesmo com o sacrifício da vida de 03 companheiros do 6º GBM, se empenharam nas múltiplas atividades desempenhadas na região serrana, desde a enxurrada de Janeiro.
Parabéns pelo brilhante vídeo, amigo Cb André Matos!
"A injustiça, senhores, desanima o trabalho, a honestidade, o bem; cresta em flor os espíritos dos moços, semeia no coração das gerações que vêm nascendo a semente da podridão, habitua os homens a não acreditar senão na estrela, na fortuna, no acaso, na loteria da sorte, promove a desonestidade, promove a venalidade [...] promove a relaxação, insufla a cortesania, a baixeza, sob todas as suas formas." (Rui Barbosa)
Ouço, leio e vejo muita coisa, mas algumas, por mais que tente acreditar que possam ser verdades, prefiro continuar incrédulo.
Um grande amigo oficial BM dentista de uma de muitas UPA que trabalhamos, revelou-me que há tenentes recebendo gratificações de até R$12.800,00 para que trabalhem 12 horas nos finais de semana.
Por mais que a promíscua realidade me leve a crer na possibilidade de ser essa uma informação verídica, prefiro manter-me incrédulo.
Se for verdade, agora entendo a desmotivação de alguns inúmeros amigos oficiais e praças, inclusive de comandantes de grupamentos, com a nossa triste situação.
Afinal, hoje em dia, estamos tão desvalorizados em nossas atividades-fim e constitucionais que bombeiros, oficiais e praças combatentes, ainda se desdobram nas operações serranas, chegando alguns a trabalhar na escala 48h x 48h sem ganhar sequer um elogio em boletim e vemos também comandantes de grupamentos percebendo gratificações inferiores às percebidas por supervisores da Operação Combate à Dengue, sendo alguns desses até aspirantes-a-oficiais. E pelo visto, nem com todas as gratificações e distorções criadas estão conseguindo o que queriam. Por semana, em média, pelo menos 05 oficiais QOS pedem a ficha rosa na DGP. Será que vai demorar muito ainda para que percebam que motivação não se compra com dinheiro, mas sim com JUSTIÇA, EXEMPLO E LIDERANÇA?
É... prefiro acreditar que esse meu amigo é um baita mentiroso e que só eu enxergo essas sem-vergonhices!
Estive ontem na ALERJ - Assembléia Legislativa - a fim de agradecer o apoio do recém-empossado deputado estadual, delegado Zaqueu Teixieira. O conheci há 02 anos na Conferência Nacional de Segurança Pública - CONSEG - mas desde então não tive mais contato ele. Ao saber de minha prisão pela imprensa, entrou em contato comigo e prontamente elaborou a Indicação Legislativa Nº 6/2011, solicitando a pronta revisão do RDCBMERJ, a fim de que, finalmente desde 1988, seja garantido o direito da livre manifestação do pensamento no CBMERJ e na PMERJ. Fato este que me leva a agradecer-lhe publicamente aqui em NOSSO espaço democrático.
Dep Zaqueu Teixeira, saiba que pode contar com nosso apoio também. MUITO OBRIGADO!
Estive ainda com o Dep Wagner Montes, o qual também agradeci pelo apoio que me prestou enquanto estive preso e aproveitei para ratificar a necessidade de que sejam, enfim, revisados nossos regulamentos disciplinares e estatutos, levando-os à luz da Constituição Federal de 1988.
Uma equipe do Corpo de Bombeiros de Montes Claros, no Norte de Minas, encarou um desafio incomum e gratificante. Além de auxiliarem uma mulher em trabalho de parto, os bombeiros tiveram que reanimar o bebê, que nasceu sem sinais vitais. O fato aconteceu na manhã de ontem. Mãe e filho estão hospitalizados.
Segundo o cabo Robson Pereira Dias, de 42 anos, o marido da dona de casa Maria Cristina Martins da Cruz, de 32 anos, ligou para os bombeiros às 7h20. A mulher já estava em trabalho de parto, dentro de casa, quando a viatura chegou. "Foi um parto complicado porque os membros inferiores já tinham saído e o bebê estava preso pela cabeça. O mais comum é o contrário", contou.
Depois de alguns minutos, o militar conseguiu retirar o menino, que não apresentava sinais de vida. "Realizamos o protocolo. Havia a ansiedade para reanimar a criança e a preocupação para não fazer nada errado", lembrou.
O bombeiro, que está na corporação há 20 anos, iniciou uma série de massagens cardíacas ainda na casa da mulher e durante todo o trajeto até o Hospital Universitário de Montes Claros. "Foi uma emoção muito grande. Já tinha transportado mulheres grávidas, mas nunca conclui um trabalho de parto". (Com Tábata Martins)
Durante todo esse período que participo das mobilizações, reuniões e manifestações, sempre ouvi que quando a "corda roesse", ficaria só. Sempre relutei em aceitar esses "conselhos", mas não sabia que tal máxima se inverteria com tamanha força e intensidade.
É impossível traduzir em palavras a imensa gratidão e satisfação que sinto por ter recebido tamanho apoio durante os 12 dias em que estive preso nas dependências do COCB, mas venho aqui agradecer às inúmeras manifestações, visitas, conversas, mensagens, e-mails de todos os familiares e amigos que fizeram com que esse momento fosse menos doloroso.
Como disse em minha saída aos que foram me recepcionar, nossa luta não é pessoal e tão pouco aspira ganhos individuais, mas reconheço que talvez seja difícil fazer com que todos entendam dessa maneira. Entendo também que, mesmo buscando não errar, por vezes cometemos alguns deslizes e temos que arcar com suas consequências. Logo, se errei, paguei pelo erro e procurarei acertar mais e errar menos daqui para frente.
Talvez não seja possível, mas gostaria de dar um forte abraço em todos que de qualquer maneira me apoiaram nas últimas semanas.
Muito obrigado, de coração!
Por fim, por mais que saibamos que a realidade e os rumos de nossa corporação não nos agrada muitas vezes, devemos valorizar o que há de mais importante nela: a camaradagem!
Agradeço muito também aos deputados Flávio Bolsonaro, Wagner Montes e Zaqueu Teixeira; ao presidente da ASSINAP, Sr. Miguel Cordeiro, que me apoiou com seu corpo jurídico; ao incansável Cel PM Paúl, amigo leal e fiel de TODAS as horas; e também ao "meu conselheiro-amigo-pai-guru" (quem é, sabe!).
Jamais esquecerei os abraços, apertos de mão, ensinamentos, conselhos e todo carinho e solidariedades de todos vocês, Irmãos!
Que essa passagem tenha servido para lembrar às autoridades competentes para a necessidade de melhor servir à tropa e, principalmente, revisar nossos arcáicos e draconianos regulamentos. Mãos à obra!
MINHA MAIS SINCERA CONTINÊNCIA AOS MEUS AMIGOS E IRMÃOS BOMBEIROS E POLICIAIS MILITARES DO RIO DE JANEIRO!
Foi publicada no último boletim reservado do CBMERJ (27/01/2011) a punição de 12 DIAS de PRISÃO do Cap BM Lauro Botto, por reivindicar, através de uma mensagem de texto (SMS) enviada ao secretário Sérgio Côrtes, tratamento JUSTO aos verdadeiros BOMBEIROS que hoje estão subordinados à Secretaria de Estado de Saúde e Defesa Civil.
O anacronismo dos regulamentos disciplinares dos militares estaduais ainda permite que tais situações como essa ocorram, ao arrepio do que preconiza a Constituição Cidadã de 1988. Militares Estaduais do Rio de Janeiro (BBMM/PPMM) têm limitados direitos garantidos constitucionalmente e sequer têm respeitado seu direito a livre manifestação do pensamento.
E parece que a partir de agora o ex-tenente médico demissionário, ex-futuro ministro da saúde e investigado pelos ministérios públicos estadual e federal, secretário Sérgio Côrtes, começou a revelar a nova maneira de lidar com as legítimas reivindicações da tropa: PRISÃO!
O Capitão Lauro Botto foi candidato a Deputado Federal(PV/RJ) nas últimas eleições e atualmente é suplente à uma vaga na Câmara dos Deputados, onde tramita o projeto de criação de um piso salarial para bombeiros e policiais de todo o país (PEC 300), sendo o referido oficial BM um dos maiores entusiastas da matéria no estado do Rio de Janeiro. Desde o ano de 2007, o Cap Lauro Botto participa de movimentos reivindicatórios legítimos e pacíficos e, apesar de sua ficha disciplinar ser livre de qualquer advertência ou punição, já fora transferido de quartel por 5 vezes no últimos 03 anos.
Enquanto isso, continua o desrespeito às funções constitucionais do Corpo de Bombeiros Militar do Rio de Janeiro (UPA/SAMU/RecCadáveres), continua o desrespeito à hierarquia remuneratória dos militares estaduais (Op.Dengue, UPA, SAMU, "Boi-Lambeu", "350,00",...), continuam a perceber o PIOR SALÁRIO DO BRASIL, continua o desrespeito à paridade de vencimentos entre ativos e inativos do CBMERJ, continua a enorme insatisfação da tropa com o governo que declaradamente discrimina os BBMM, continuam sem Rio Card (auxílio-transporte) todos os Bombeiros do Rio de Janeiro e continua em um crescente sem fim a desmotivação de 99% dos "Homens de Cáqui" do CBMERJ.
Se restava dúvida a qualquer cidadão fluminense da importância do Bombeiro Militar, diante de nossa atuação, tendo até morrido 03 COMBATENTES nas operações, já não resta sequer um pingo dela.
Muitos companheiros têm me falado: "É, capitão... acho que agora reconhecerão nosso valor!"
E para todos tenho dito, e repito: "Nosso valor nós mesmos temos que passar a reconhecer e não devemos esperar qualquer prova de reconhecimento de nosso Comando-Geral, secretário e, muito menos de nosso governador."
Já tivemos provas mais do que suficintes de que somos apenas números para eles...
É triste ver como o CBMERJ anda desvalorizado até pelos meios de comunicação: ontem (13), pela manhã, o convidado da Globo News para falar sobre os ocorridos na região serrana era um Major de São Paulo. Aliás, digna de elogio a performance daquele oficial superior paulistano. Triste é ensurdecer-se com o silêncio de nossa corporação!
As manchetes dos jornais impedem que conte qualquer novidade aqui no Diário. Estava de serviço em Magé na última quarta-feira e ao assumir o serviço, às 8h, não poderia imaginar as catastróficas notícias e missões que receberíamos dali em diante nas cidades de Teresópolis, Nova Friburgo e Petrópolis. Preparávamos o envio de uma equipe do 2ºGSFMA para apoiar as operações em Friburgo quando tocou o celular funcional do Oficial de Dia. Atendi-o e do outro lado da linha informava-me o Chefe do Estado Maior Geral que acabara de falecer o Cb Guarilha, de Magé, vítima de soterramento, junto à sua esposa e filho, em Teresópolis. 20 militares já estavam embarcados no ATT-004 e aguardavam a ordem para avançar. Parei, refleti e tomei a decisão de não informar aos nossos militares do fatídico ocorrido. Sei que abalaria profundamente o moral daqueles que partiam motivados a prestar o melhor serviço que pudessem à população friburguense. Minutos depois chegava o Comandante do 2ºGSFMA, já ciente do ocorrido. Por mais que houvesse a confirmação da morte de nosso companheiro, partimos esperançosos da informação não se confirmar pois os corpos ainda não haviam sido encontrados. Essa foi a primeira e espero que seja a última operação que participei na busca de um companheiro de luta. No meu último serviço, estávamos lá eu e o Guarilha no ABSL e agora... Triste, muito triste!
O sinal telefônico na região era quase inexistente, mas durante a operação iam chegando as informações que o IML de Teresópolis havia recebido mais de 100 corpos vitimados pela enchurrada da madrugada. Era difícil crer que poderia acontecer tamanha tragédia e esperávamos que tal informe não passasse de mero sensacionalismo popular. E o que era difícil crer se tornou possível quando trafegávemos pela cidade e podíamos ter plena noção da calamitosa devastação provocada pela gigantesca manifestação de força da natureza e por nossa ignorância de pensar que podemos subestimá-la.
Escrevo esse texto vendo que os mortos já ultrapassam os 600... e estima-se que essa marca deve dobrar.
Nossos 03 militares que faleceram no estrito cumprimento do dever que juraram cumprir, mesmo com o sacrifício da própria vida, em Nova Friburgo, só aumentaram essa lástima e certamente ficarão registrados na memória do Corpo de Bombeiros Militar do RJ por muitos anos.
Resta-nos confortar as famílias de nossos irmãos e torcer para que estejam bem acolhidos no colo do criador!
E seguem os trabalhos na serra...
Trágica e inesquecível semana de verão na região serrana do estado!
"Quartel do Comando Geral recebe Ministro da Saúde
Seg, 10 de Janeiro de 2011 11:12
Na tarde da última sexta-feira, 7, o Ministro de Estado da Saúde, Alexandre Padilha, visitou o Quartel do Comando Geral do CBMERJ. A visita fez parte de uma programação mais ampla que contemplou o sistema de saúde do estado.
A passagem pelo QCG incluiu um almoço oferecido à comitiva composta por diversas autoridades, entre as quais, o Ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, o Secretário de Estado de Saúde e Defesa Civil, Sérgio Côrtes, e o Senador da República, Lindberg Farias.
Durante a visita, o Ministro Alexandre Padilha demonstrou grande interesse na unificação pioneira entre as atividades de Saúde e Defesa Civil, definida desde o início da gestão do Governador Sérgio Cabral e que foi responsável pela implantação e consolidação das Unidades de Pronto Atendimento 24 horas (UPA). Segundo ele, a experiência do Rio de Janeiro servirá de modelo para os demais estados.
Ao final do almoço, o Comandante Geral do Corpo de Bombeiros Militar, Coronel Pedro Marco, fez a entrega de brindes corporativos e aproveitou para saudar aos novos ministros, fazendo inclusive uma analogia com a profissão que exerce ao afirmar que o Ministro das Relações Institucionais, Luiz Sérgio, seria o “Bombeiro do Governo”, Já que a ele cabe buscar o entendimento entre o Poder Executivo e as demais instituições democráticas."
Comandantes e Oficiais dos Corpos de Bombeiros Militares dos demais estados da federação, ATENÇÃO!
A ameaça é grave, iminente e requer rápida ação dos senhores!
O CBMERJ está perdido e entregue a usurpadores desqualificados e descompromissados com nossa Missão, nossa identidade, nossas Famílias e nossas Tradições. Estão alimentando um "monstro" em nosso meio que, se não "exterminado" já, será impossível de controlar em nossos Casarões Vermelhos.
Talvez seja tarde para salvar o CBMERJ, mas urge uma atitude dos demais Corpos de Bombeiros que ainda não foram contaminados pelos "germes" da Saúde.
Não se encantem por gratificações discriminatórias, por verbas advindas do Ministério da Saúde e falsas promessas de reconhecimento de suas corporações! Abram os ollhos se não quiserem ver suas corporações "destruídas" por UPAs, SAMU, Rabecões, dentre muitas outras discrepâncias funcionais e remuneratórias!
Ficam o AVISO e o ALERTA! Não digam que não foram avisados...
"Nós, – mães, esposas, viúvas e filhos de policiais-militares e bombeiros-militares, – vivenciamos a penúria em vista de seus péssimos salários. São igualmente ridículas as pensões decorrentes da morte dos nossos esposos. Não conseguimos educar nossos filhos e menos ainda amparar condignamente os órfãos. Muitos de nossos entes queridos estão paraplégicos ou tetraplégicos; outros perderam membros do corpo devido aos constantes confrontos contra marginais armados com fuzis de guerra; muitos são obrigados a usar fraldas e dependem de cuidados especiais. Mesmo assim, muitos não são nem reformados, a insensibilidade das corporações (PMERJ e CBMERJ) atinge as raias do absurdo.
Não temos acesso à casa própria, nossos esposos e filhos são submetidos a escalas de serviço degradantes; não podemos gozar da companhia deles nos fins de semana e feriados. Nem nos período de férias escolares podemos realizar pequenas viagens para visitar familiares, ou por falta de dinheiro ou porque os serviços extras nos pegam de surpresa, incluindo-se a cassação de férias regulamentares por qualquer motivo fútil.
A família dos militares estaduais sofre nos lares o resultado dos maus-tratos que eles recebem nos quartéis, refletindo-se negativamente no ambiente familiar. As corporações ignoram as doenças psíquicas, em especial o estresse e a depressão que acometem assustadoramente nossos entes queridos. O exercício penoso da profissão e o esgotamento físico e psíquico dos militares estaduais transformam-nos em verdadeiros autômatos. Nunca sabemos qual deles será a próxima vítima fatal a ter a família avisada, fato que ocorre semanalmente e até muitas vezes numa só semana. Vivemos a apreensão permanente. O medo nos domina. E terminamos no pranto da morte ou do ferimento destruidor da dignidade dos nossos entes queridos ao se arriscarem no enfrentamento dos criminosos.
Não temos direito ao sossego e nem a um mínimo de dignidade humana. Se os militares estaduais não trabalharem na folga, quando não a têm interrompida sem pudor por seus superiores, corremos o risco de passar fome e do despejo da moradia. Nossas crianças estudam em colégios públicos e sofrem com os colegas desmerecendo seus pais. Enfim, sofremos o descaso total dos governantes e temos de assistir nossos entes queridos a serem tratados como animais pestilentos, sem direito a nada, presos em xadrezes fétidos como se fossem criminosos e descartados da profissão sem direito à ampla defesa e ao contraditório.
Qualquer falta disciplinar do militar estadual, – mesmo decorrente do desgaste emocional e físico, – significa a real possibilidade de sua abrupta exclusão e da família perder simultaneamente o direito ao sistema de saúde para o qual ele contribuiu anos a fio. Vivemos no extremo risco da miséria. Nossos direitos são o de não termos nenhuma tranquilidade jurídica, familiar e social.
Nossa aflitiva situação somente poderá ser resolvida com o clamor da população e da imprensa em favor de melhores condições de trabalho e de salários para os militares estaduais, e vida condigna para seus familiares. Precisamos de ajuda humanitária, e ela se resume no respeito ao direito que temos à dignidade humana que nos é negada. A nossa causa não é apenas pessoal e familiar. É, antes de tudo, uma denúncia pública. Pois nenhum ser humano submetido a tratamento tão degradante poderá produzir boa segurança para a população. Para mudar esse estado de abandono a que estão submetidos os militares estaduais, e que se refletem negativamente nas ruas, é preciso que a população nos ajude! É preciso que os cidadãos abracem a nossa causa. Por favor, ajudem-nos a salvar a PMERJ e o CBMERJ!"
1) FRENTE ÚNICA DAS ESPOSAS-PENSIONISTAS DE POLICIAIS E DE BOMBEIROS MILITARES DO BRASIL.
A presidente Dilma Rousseff é a primeira mulher presidente do Brasil e tem valorizado a força feminina inclusive na composição do ministério.
Diante dessa realidade, um Sargento Bombeiro Militar do Rio de Janeiro teve a feliz ideia de tentarmos contruir uma Frente Única das Esposas-Pensionistas de Policiais e de Bombeiros Militares, para a luta organizada (simultânea) em todos os estados e sobretudo em Brasília.
O principal objetivo é formar um grupo de mulheres da frente para agendarem uma entrevista pessoal com a presidente Dilma Rousseff.
A esposa de PM, Mari Torres, se dispôs a organizar o cadastramento nacional:
Email é mari.9993@hotmail.com
Rádio é (21) 7805- 6900 - ID. 118*93829
Celular: (21) 9993- 5851
Esposa (companheira) e pensionista de Policial e de Bombeiro Militar é hora de lutar por seus direitos.
Una-se a nós!
2) RIO - A LUTA PELA PEC 300 - VISITA AS EMISSORAS DE TV E RÁDIO.
UNA-SE A NÓS!
JUNTOS SOMOS FORTES!
A luta pela aprovação da PEC 300 e contra os salários famélicos pagos pelo governo Sérgio Cabral aos Bombeiros e Policiais Militares será levada até as principais emissoras de TV e de Rádio do RJ.
PRIMEIRA VISITA
REDE RECORD
Data: 14 JAN 2011.
Horário: 11:00 às 14:00 horas.
Endereço: Rua Gal. Gustavo Cordeiro de farias, 84 - Benfica - Rio de Janeiro.
Adicional é para os servidores que atuam na Segurança Pública
MARIA INEZ MAGALHÃES
Rio - Atrasadas em seis meses, as bolsas Copa e Olímpica vão demorar ainda mais a entrar na conta dos servidores da Segurança Pública que trabalharão nos dois eventos, em 2014 e 2016. O adicional da Bolsa Olímpica é de R$ 1,2 mil para agentes com salário bruto de até R$ 3,2 mil. A Bolsa Copa, que não prevê teto mínimo, é de R$ 550.
A Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) informou que ainda não há previsão para as gratificações começarem a ser pagas. Um dos motivos é a mudança de titularidade da pasta, que aconteceu nesta semana. Para o lugar do então secretário Ricardo Balestreri foi nomeada Regina Miki. Ainda segundo a secretaria, por ser um momento de transição, ainda não está definido o responsável pelos programas.
O governo anunciou que as bolsas Copa e Olimpíada começariam a ser pagas a partir de julho do ano passado, com tolerância de 120 dias — o que estenderia o prazo para novembro. Seria o tempo para que os estados participantes apresentassem ao Ministério da Justiça seus planos para os dois eventos.
Polêmica desde a implantação
O atraso no pagamento das bolsas Copa e Olímpica é um capítulo polêmico desde sua regulamentação, assinada em fevereiro de 2010. A portaria excluiu servidores com mais de 23 anos de carreira para a Bolsa Copa.
Ficaram de fora os oficiais, porque ganham acima de R$ 3,2 mil. Assim, alguns subordinados passarão a receber mais que seus comandantes.
Já para a Bolsa Olímpica — que inclui a Guarda Municipal —, os servidores têm que ter, no mínimo, mais sete anos de trabalho a cumprir em suas instituições.
COMENTO:
O importante são os salários que alcançam a todos, inclusive os sofridos inativos e as pensionistas.
Toda gratificação é desagregadora, interfere no ordenamento hierárquico e não pode ser incorporada ao salário, fazendo com que ao passar para a inatividade o profissional perca parcela significativa do salário.
Salários dignos já!
JUNTOS SOMOS FORTES!
PAULO RICARDO PAÚL
PROFESSOR E CORONEL
Ex-CORREGEDOR INTERNO
Fonte: Blog do Cel PM Paúl ( http://celprpaul.blogspot.com/ ).
"O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, declara em entrevista ao Jornal Regional da Rádio Tabajara Am desta segunda-feira (10), que vai aproveitar reunião com governadores sobre programa de combate ao crack, e preparar os caminhos para o destino da Proposta de Emenda Constitucional que cria um piso nacional para policiais e bombeiros, a PEC 300.
Segundo o ministro, só haverá acordo dentro de condições orçamentárias factíveis. "É uma PEC que precisa ser avaliada pelos governadores. Há vários problemas de resistência sobre ela, o que não significa que não buscaremos alternativas para equalizar a questão salarial. Dentro do próprio Pronasci (Programa Nacional de Segurança Pública com Cidadania), temos a questão das bolsas. Quero sentar e trabalhar essa questão, que é importante, mas temos que ser realistas. Vamos conversar com os governadores", relata Cardozo.
O assunto voltou ao debate nos últimos dias com a possibilidade de um movimento nacional de greve, em reivindicação a demora na aprovação da Proposta."
A entrevista acima foi concedida à revista da AME/RJ - Associação do Oficiais Militares Estaduais do Rio de Janeiro, no último semestre de 2010.
O silêncio do nosso Comandante Geral, que sequer nas últimas solenidades tem se pronunciado, foi quebrado e avaliando suas respostas às perguntas podemos descobrir vários dos motivos que levaram nossos militares a alcançarem o preocupante nível de insatisfação atual e também do tamanho amadorismo no serviço que prestamos à sociedade.
Enquanto o Comandate Geral da PMERJ e o Chefe de Polícia Civil reconhecem que baixos salários são o maior problema de suas corporações, do alto de suas polpudas gratificações e pecúnia, nosso Comandante Geral ignora tal fato e se abstém da responsabilidade.
Serve como belo exemplo de como representar os interesses do Governo dentro do CBMERJ, em vez de representar o CBMERJ junto ao Governo.
Me abstenho de tecer quaisquer outros comentários. Até porque todos poderão, ao ler, verificar como pudemos chegar onde chegamos... LASTIMÁVEL!
P.S.1: Se a imagem estiver muito pequena, clique na mesma para ler página por página da entrevista.
P.S.2: Se você é Bombeiro Militar, ama sua profissão e é hipertenso, não leia a matéria.
É sabido por todos do Quadro de Oficiais Combatentes, oriundos do CFO e que, ainda, na teoria, comandam o CBMERJ, que o Oficial carrega consigo, durante toda a sua carreira, a imagem que demonstra durante os primeiros anos do Oficialato, principalmente enquanto Aspirante e Tenente. É sabido por todos também que um dos fatores que mais influenciam na formação de sua conduta e de seu caráter profissionais são os bons e os maus exemplos deixados pelos Comandantes e Oficiais mais experientes que servem nos mais diversos quartéis de nossa corporação.
Diante dessa acertiva e dos inúmeros tipos de exemplos que temos em nossa corporação, questiono-me constantemente qual deve ser o exemplo a ser seguido por nossos jovens Oficiais:
- Será que devem se espelhar nos comandantes que vendem sua dignidade, moral e honestidade em troca de miseráveis gratificações ou promoções?
- Será que devem ter como exemplo os oficiais que usufruem da posição e visibilidade conseguidas em nossas fileiras para pleitear cargos em órgãos externos, atraídos por vistosas gratificações e, não satisfeitos, se utilizam da corporação e de seus militares para demonstrar seu "poder" e enfraquecer ainda mais nossa corporação?
- Será que terão que se espelhar em oficiais que, sem reconhecimento, com salários ridículos mesmo em final de carreira, têm que "vender calcinhas ou produtos contrabandeados" dentro dos quartéis para completar "dignamente" sua renda?
- Será que terão que traçar a mesma conduta de Oficiais que se dedicam em nossos quartéis, mesmo com todos os motivos para que esmoreçam ou se desmotivem, mas mantêm-se honestos, honrados, endividados e cada vez mais colocados nas últimas posições dos "justos" quadros de acessos?
- Ou será que terão que se espelhar em oficiais que alcançam posições de destaque e, em vez de representar sua tropa e sua corporação, tornam-se meros representantes de governantes e políticos que proporcionaram sua chegada ao "topo"?
As dúvidas são muitas e a situação bastante preocupante! Pelo menos para quem tem mais de 10 anos a dedicar-se ao CBMERJ!
E olha que nem quis citar os "belos" exemplos que temos de alguns de nossos "engenheiros e mètres"...
Será realizada no próximo dia 08/01, às 14h, na sede da Barra da Tijuca, a eleição para Vice-Presidente, Secretário e Tesoureiro na Associação dos Oficiais Bombeiros (antigo Clube dos Oficiais) para o próximo biênio 2011/12 e assumem o mandato já no próximo mês de Março.
O atual Vice-Presidente, Cel BM RR Moura, assumirá a presidência do Cel BM RR Nascimento.
Como só houve uma chapa inscrita para o pleito, serão homologados os Cel BM RR Sá, Cel BM RR Leite e Cel BM RR Roque.
Os desafios serão muitos da nova diretoria. Dentre eles, o de adotar uma postura de entidade representativa de classe e não de meramente "clube de oficiais". Há de se identificar as necessidades primordiais do oficialato e de "arregaçar as mangas" por aqueles que contribuem mensalmente e esperam uma postura de defesa dos nossos interesses.
Vivemos hoje em elevados índices de insatisfação e desestímulo dentre os oficiais e uma das missões é resgatar a confiança e dignidade de nossa classe.
Estarei presente na eleição e seria bom que todos os oficiais associados pudessem comparecer para estreitar o laço com a AOB e para expôr e debater nossas angústias e necessidades.