terça-feira, 26 de janeiro de 2010

MANIFESTOS CONTRA O GOVERNO DO ESTADO: CERTO OU ERRADO?

"Ao ler no Blog do Coronel PM Ricardo Paul um texto de autoria do próprio, onde o mesmo demonstra o seu desapontamento com relação à atitude de um militar (não sei o nome dele), que, em nome de uma “comissão” (também não sei o nome dessa comissão e nem os membros que a formam), exigia que os Bombeiros e PMs que estavam reunidos, ao cair da tarde, na Praça da Candelária no dia 25/01/2010, não manifestassem quaisquer palavras de ordem contra o governador do Estado do rio de Janeiro, Sérgio Cabral Filho, caso contrário, a carreata não sairia, achei que precisava expressar a minha impressão sobre o fato.
Conheci o Coronel PM Ricardo Paul em 2008, quando fui pela primeira vez, motivado por alguns jovens colegas, oficiais do Corpo de Bombeiros a comparecer a uma assembléia realizada na A.M.E. (Associação dos Militares Estaduais), à Rua da Quitanda. A razão dessa assembléia e de várias outras que se seguiram, nas quais também estive presente, era única e exclusivamente por uma reivindicação salarial justa para PMS e BMs.
No salão lotado da AME, a grande maioria era de oficiais da polícia militar, incluindo vários coronéis da ativa, bem como oficiais de todos os outros postos da hierarquia militar. Havia em torno de trezentos oficiais, sendo que do Corpo de Bombeiros, poder-se-ia contar uns doze oficiais apenas, quase todos tenentes.
Lembro-me muito bem quando o, então corregedor da Polícia Militar, Coronel Ricardo Paul segurou o microfone e, na frente de todos os presentes, começou a discursar. As suas palavras me causaram profunda impressão. Percebi, naquele momento, algo completamente inédito, em vinte sete anos da minha vida militar: era a primeira vez que eu assistia, quase sem acreditar, um militar da ativa, de alta patente, que ocupava um dos mais importantes cargos da Polícia Militar do Estado do Rio de Janeiro, manifestar-se publicamente em favor do efetivo que compunha as duas Corporações Militares do nosso estado. Naquela e também em outras assembléias posteriores, ocorridas na mesma época, outros coronéis da ativa da PM também compareciam e se manifestavam de forma semelhante, ou seja, enfáticos e determinados, e não sei exatamente o porquê, hoje não se fazem mais presentes. No entanto, isso já seria outro assunto.
Devido à sua franca liderança e constante atuação, voltadas sempre para o bem comum dos servidores militares estaduais, este homem sofreu várias represálias, por parte do governo de nosso estado. As principais represálias resultaram, primeiramente, no pedido feito, pelo próprio coronel, da exoneração do cargo que ocupava, como corregedor da Polícia Militar – RJ e posteriormente, através de manobra política, orquestrada pelo governo, a sua passagem para a reserva remunerada.
Antes de prosseguir, quero propor uma reflexão:
Faz parte da índole humana o ato de defesa, toda vez que nos sentimos impedidos de exercer um direito, ou quando, de alguma maneira nos sentimos atacado. A formação rígida do militar, baseado na hierarquia e disciplina, faz com que essa característica humana fique espremida no íntimo da alma. O homem de farda aprende a não questionar uma ordem de um superior hierárquico, mesmo que no ponto mais profundo do seu ser, ele discorde de tal ordem. Além do mais, ao militar não foi dado o direito de formar sindicatos ou fazer greve.
Continuando:
Apesar de todos os dissabores, o Coronel Ricardo Paul, não esmoreceu. Continuou firmemente lutando pela melhoria de uma classe (refiro-me a classe dos servidores militares estaduais), tendo, com isso, exercido um papel de fundamental importância para o crescimento da conscientização de cidadania entre os integrantes da Polícia Militar e do Corpo de Bombeiros do Estado do Rio de Janeiro. O caput do artigo V da Constituição Federal (Todos são iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza...) bem como o inciso IV deste mesmo artigo constitucional (é livre a manifestação do pensamento, sendo vedado o anonimato), eram sempre lembrados em seus discursos. Cabe ressaltar que a Constituição é a nossa lei maior, de modo que são os regulamentos militares que devem se ajustar a Constituição e não o contrário.
No entanto, apesar da constituição dizer, em seu texto, que a manifestação do pensamento é livre, ela também diz, no mesmo artigo 5º, inciso V: “É assegurado o direito de resposta, proporcional ao agravo, além da indenização por dano material, moral ou a imagem.”
Devemos refletir sobre a melhor maneira de nos manifestarmos, quando quisermos demonstrar a nossa insatisfação com quaisquer autoridades as quais estivermos subordinados, a fim de não cometermos nenhum ato de ilegalidade.
Sou radicalmente contra a omissão de nossos anseios, ou frustrações. Elas devem ser expressas sim e de forma a tornarem-se públicas. Foi devida a uma postura anterior de apatia, que no decorrer de vários e vários anos, chegamos ao atual estágio de penúria financeira ao qual nos encontramos hoje. Por isso, estou convencido de que devemos sempre ter a coragem de lutarmos a nosso favor, o que implica, ao mesmo tempo, ficarmos contra alguma coisa ou alguém.
Acho que o coronel Ricardo Paul é um símbolo para a nossa luta. Ele tem sido de fundamental importância. Não nos esqueçamos nunca que ele esteve presente desde o início desse processo, quando eram muito poucos os que acreditavam ser possível uma mudança de mentalidade.
A minha gratidão e a minha continência a esse homem!

Abraços a todos.
Cap BM Artur."

Faço minhas as palavras do Cap BM Artur, até porque o Cel PM Paúl incentivou-me direta e indiretamente para a criação desse NOSSO espaço democrático. Estando ou não de acordo com tudo o que ele escreve, fala ou faz, TODOS DEVEMOS RECONHECER SUA LIDERANÇA, ABNEGAÇÃO E ALTRUÍSMO, SEMPRE EM DEFESA DE NOSSOS DIREITOS!

Ontem não tive a oportunidade de falar sobre o ocorrido, mas se pudesse falaria que certas pessoas carregam consigo uma carga negativa tão grande que só de pronunciarmos os nomes delas conseguimos desagregar as pessoas de bem. E foi o que aconteceu ontem nas inúmeras vezes que citamos o nome desse Srº. que diz ser nosso governador.

JUNTOS SOMOS FORTES,
LAURO BOTTO ۞۞

12 comentários:

  1. É engraçado (senão lastimável) que, se pensarmos no militarismo nos ultimos 500 anos, o Fardamento melhorou, os tecidos hoje são mais leves, resistentes, secam com mais facilidade. Os calçados também melhoraram, os armamentos e utensílios usados. No caso do corpo de bombeiros, absolutamente tudo que diz respeito à material operacional melhorou. As viaturas de combate à incêndio, os materiais de salvamento estão modernos, equipamentos de proteção individual cada vez mais leves e resistentes. A única coisa, INFELIZMENTE, que não evoluiu absolutamente nada no militarismo, é a forma desumana, equivocada e arbitrária nas relações entre patentes.
    Antigamente os praças eram simples ignorantes, que se dispunham ao serviço por não ter absolutamente nada melhor pra fazer. Atualmente, TODOS os militares, do mais moderno ao mais antigo, são pessoas bem instruidas, com escolaridade e inteligentes.
    Logo esse pensamento de "O homem de farda aprende a não questionar uma ordem de um superior hierárquico, mesmo que no ponto mais profundo do seu ser, ele discorde de tal ordem, deveria restringir-se apenas à animais irracionais e/ou classes inferiores (Leia-se amebas, vermes, bactérias, etc...).
    O militar deve respeito ao superior, "Respeito". E esse respeito deve ser mútuo. Cabe ao superior, ter discernimento para saber mandar, como mandar e o que mandar. Deveríamos todos, em coro mais uma vez, falar sim do Governador.
    Não seria necessário "falar mal", ou inventar histórias, nem mesmo comentários pessoais. Bastaria que fosse dito em alto tom, tudo o que ele tem (ou não tem) feito pelos profissionais deste Estado.
    E espero que algum dia, o Militarismo evolua tanto quanto evoluiram tudo o que o cerca.

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  2. Acredito que todos ali compartilham o mesmo sentimento em relação ao nosso governador, e faço minhas as palavras de respeito e adimiração pelo Cel Paul, contudo senhores, participei de algumas reuniões da comissão de apoio a PEC300 e faço aqui o meu relato:
    A organização das passeatas, atos publicos e publicação de material impresso demanda dinheiro, coisa que nunca tivemos, desde 2007
    Na primeira passeata de apoio a PEC em copacabana conseguimos costurar o apoio de todas as associações para pagar as camisas, o carro de som e faixas.
    Para conseguir o apoio dos presidentes de todas as associações tivemos que nos comprometer em não agredir publicamente a maior autoridade do Poder Executivo. Essa é a condição para o apoio financeiro a PEC.
    A comissão entende que a luta pela PEC é mais importante do que nossa posição no cenario politico estadual, e nisso eu concordo com eles, pois os deputados do PMDB também vão votar a favor ou contra da PEC300.
    Se esse é o preço para contarmos com o apoio dos 18 mil bombeiros e dos 40 mil policias para aprovação da PEC, acredito que vale a pena!

    André Luiz Salma Cerqueira!

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  3. Parabéns pelo texto!
    Minha continência ao cel.Paúl pela sua abnegação e compromisso com a causa dos militares estaduais do RJ.Que este exemplo contagie os oficiais do CBMERJ e PMERJ e,estes, não mais se omitam diante das investidas de homens sem caráter,ombridade e moral como nosso excelentíssimo governador Ségio Cabral.No trecho em que se questiona a maneira de se manifestar diante das autoridades constuídas;como estabelece o inciso v do artigo quinto de nossa constituição a resposta deve ser proporcional ao agravo.E,é exatamente o que os servidores estaduais,especialmente os bombeiros militares,estão fazendo diante do desrespeito que o excelentíssimo governador tem demostrado para com a nossa honrada corporação e demais áreas do serviço público de nosso estado.Por isso,VAIA NELE!!FORA CABRALLLLLL!!

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  4. Só quero dizer uma coisa como Bombeiro militar, classe que passei a ter mais orgulho ainda após a passeata de segunda feira próxima passada: eu e todo o restante do contingente do CBMERJ odeia o desgovernador Sergio Pilantra Cabral Filho. Aí, governadozinho de merda, o CBMERJ demonstrou que é muito mais forte que vc, não meça força conosco, pois vai perder sempre. Caros irmãos de farda, só nos resta agora lutar pela PEC 300 e pela NÃO REELEIÇÃO DO MENTIROSO "governador" que aí está, o qual só sabe falar baboseiras sem base alguma. Vamos derrotá-lo, eis a nossa grande missão a partir de agora!!!

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  5. Capitão, estava tomando um banho pra refrescar e refletindo isso tudo que o senhor falou.
    Eu pensava: Pow, ha dois anos atrás, eu, como bombeiro, tinha como líderes policiais militare e hj já conseguimos alguma coisa graças aqueles que colocaram a cara na reta.
    Não só o coronel paul, mas me lembro de vários outros também.
    mesmo sendo do interior, acompanhei esta luta toda, sempre acreditando e ainda sendo motivo de chacotas de amigos bombeiros.

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  6. Amigos,
    tenho uma grande admiração pela pessoa do Cel Paul e um enorme respeito pela autoridade que o mesmo representa por ser um oficial superior. Contudo, desde a primeira passeata que fizemos, na minha humilde opinião, achei que, por mais que me sinta insatisfeito com o descaso que o governador Sérgio Cabral tem tido conosco, aquele não era o momento mais oportuno para externarmos nossos sentimentos. Não acho inteligente da nossa parte que misturemos nossos anseios com nossos sentimentos, pois podemos sofrer sérias consequências. Apesar de tudo, constitucionalmente somos subordinados ao governador (§ 6º, do art. 144 da CRFB/88)e podemos prejudicar as manifestações pela PEC 300, que, atualmente, é nosso maior objetivo, caso o governador entenda que estamos aproveitando o movimento para nos insubordinarmos e determine que nossas manifestações sejam proibidas e reprimidas.
    Entendo que o momento mais oportuno para demostramos nossa insatisfação com o atual governo seria nas manifestações de repúdio ao Sérgio Cabral, e não nas passeatas da PEC 300.
    Obs.: não faço parte e nunca estive em qualquer reunião da comissão da PEC 300.

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  7. VAIA NELE E FORA CABRALLLLLLL...que os políticos do PMDB e dos demais partidos entendam o que acontecerá quando homens sem moral,ombridade e honra desrespeitarem o serviço e o servidor público do RJ.A democracia não pode dar espaço para déspotas que pensam poder fazer o que quer,a hora que quer e como quer...RESPEITEM para ser RESPEITADOS!Estamos mobilizados e permaneceremos mobilizados afim de lutar pelos nossos direitos.Nenhuma medida poderá nos calar!!QUERO VER O CABRAL NOS PROIBIR DE MANIFESTAR NOSSOS SENTIMENTOS,OPINÕES E ANSEIOS...o companheiro das 20:42 não deve conhecer o art 5º inciso v da C.F?!O que estamos fazendo é manifestando nossa insatisfação pelo desrespeito com que o excelentíssimo governador tem tratado os servidores públicos do estado do RJ.Nenhum político correto,comprometido e honrado será vaiado,afinal de contas também temos uma missão e um compromisso com as corporações,com a nossa liderança e com a sociedade fluminense.Queremos respeito e lutaremos pela nossa dignidade!Enquanto ao Cabral VAIA NELE SEMPREEEEEEEE!Ele é um parâmetro negativo para todo e qualquer político e NÃO tem poder diante da nossa mobilização.Na política o que importa é o voto e somos um número expressivo no âmbito estadual e nacional.Vaia nele SEM MEDO!!E PEC 300 JÁ!!

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  8. ACHO QUE NÃO PODEMOS PERDER QUALQUER OPORTUNIDADE PARA ACHINCALHAR ESSE CANALHA DO SERGIO CABRAL
    UM BOMBEIRO MILITAR

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  9. Se ele quer respeito, Dê respeito.Só falta agora falar o que Cesár maia disse: ¨bombeiros são todos preguiçosos¨. Eles se votar contra a pec, repetindo a covardia do governador, contra os bombeiros, tbm sentirá nas urnas.

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  10. Complementando o que disse o Capitão Artur (se é que pode ser complementado), seria bom lembrarmos, que a não muito tempo atrás era praticamente proibido falar de política dentro de quartel. Me lembro bem que, quando servi ao exército, de 93 a 97, em pelo menos uma eleição, nós não pudemos votar, se não me engano, ou recolheram nossos títulos ou pegaram o número para justificarem nossa falta. Sinceramente, não quero entrar no mérito de tal situação ser boa ou ruim, certa ou errada, mas acho que a partir do momento que passaram a usar a nós e a nossa credibilidade junto a população como barganha política, para, através de ações onde somos empregados, enaltecer os feitos deste ou daquele governo, temos todo o direito de nos manifestarmos sim. Não podemos ficar de coadjuvantes, precisamos ser atuantes no cenário político em todas as esferas de poder, quer seja com candidatos das Corporações, quer seja apoiando algum candidato. A partir do momento em que adquirirmos uma consciência política e nos mobilizarmos nesse sentido, atuando como agentes políticos dentro de nossa casa, em nosso círculo de amizades, no quartel etc, conseguiremos muitas melhorias não só para nossa classe, mas para a sociedade como um todo, potencial para isso nós temos, basta analisar os últimos acontecimentos.
    Nós, enquanto militares, ficamos muito tempo presos a arbitrariedades cometidas ao arrepio do regulamento e da Lei, e consequentemente fomos tolhidos enquanto cidadãos e não exercíamos, e ainda não exercemos plenamente, nossa cidadania.
    Creio que, diferentemente do que foi pregado pela comissão na passeata e aqui, por alguns colegas, não existe nenhuma transgressão e nenhum desrespeito em protestarmos contra o atual governador, gritando para que o mesmo saia (mesmo que seja uma vã esperança) ou torcendo para que seu tempo acabe. Com tal atitude, não estamos nos amotinando, nem deslegitimando sua autoridade, pois, apesar dos pesares, continuamos obedecendo ás ordens emanadas por ele como Chefe do Executivo estadual, uma coisa independe da outra. Como bem disse o Capitão Artur, muitas vezes não concordamos com as ordens que recebemos, nem com o comando que temos, mas mesmo assim, com base na hierarquia e na disciplina, as cumprimos e o obedecemos.
    Precisamos apenas ter em mente a seguinte situação, uma coisa é protestarmos, outra coisa é caluniarmos, fazermos acusações sem prova. Fazendo isso sim, estamos passivos de punição, tanto por parte do regulamento quanto por parte da Lei, portanto, senhores, precisamos atentar contra isso em nosso ímpeto de sermos ouvidos, além de procurar também, sempre primarmos pela obediência às regras, pois, desta forma, dificilmente haverá motivos JUSTOS, para tentarem nos reprimir e calarem a nossa voz.


    André Luiz Schirmer da Silva.

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  11. Não fui a passeata portanto não vi pessoalmente o que ocorreu mas confio plenamente no Cel Paúl, que é um símbolo de resistência e luta pela dignidade do militar carioca.
    Como já foi dito em comentário anterior, não seria necessário faltar o respeito com o governador, a simples demonstração da verdade, a realidade dura que passamos era o suficiente para sujar a imagem do mesmo. Não é necessa´rio mentiras ou acusações grave, a simples coleta de reportagens relacioandas a bombeiros e policiais dos últimos três anos falaria por si só.
    O número de policiais e bombeiros mortos também é emblemático.
    Amargar o segundo pior soldo do Brasil... É só mostrar o contracheque. Não tem justificativa plausível para isso.
    Não precisamos fazer nada demais, apenas mostrar a nossa insatisfação e acima de tudo, que não concordamos e não paoiaremos a reeleição deste senhor.
    Só precisamos continuar mostrando que temos força para isso, coragem e não nos furtaremos a fazê-lo.

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  12. Problemas também na Educação


    Flávia Calé ( Jornal O Dia): Investir já em educação.

    Governo do estado deve ampliar e não cortar verbas destinadas à universidade

    Presidente da União Estadual dos Estudantes (UEE-RJ)

    Rio - Os últimos anos foram marcados pela expansão das universidades federais e ampliação de seus recursos. Isso é fruto de ação governamental consciente de que é fundamental investir na educação superior para formar trabalhadores aptos a gerar tecnologia e conduzir o ciclo de desenvolvimento que o no Brasil se inicia.

    Na contramão, encontram-se as universidades estaduais, inclusive as do Rio de Janeiro, com recursos reduzidos a cada ano. As notícias de que 40 milhões que seriam investidos na educação vão para obras do Anel Rodoviário e para implementação do bilhete único, só reforçam essa afirmação.

    Não somos contra melhorar o transporte, mas devem existir outras formas de financiamento que não os parcos recursos da educação. A Uerj já vive situação lastimável, com metade do quadro de professores sendo substitutos. Pedaços de concreto desabam pela universidade, pois há acesso restrito a políticas de investimento em infraestrutura.

    As universidades devem ser os principais locais de produção de conhecimento. Em sala de aula, deve-se debater também, em conjunto com a sociedade, soluções para problemas urbanos. É necessário valorizar as universidades públicas. É preciso criar condições para que os universitários permaneçam em seus cursos até a conclusão.

    A luta da União Estadual dos Estudantes (UEE) é para que se amplie o investimento nas universidades para 6% do PIB estadual, conforme indicado pela Constituição Estadual. Esse é um primeiro passo para que o Rio de Janeiro seja coerente com os rumos pelos quais o Brasil envereda e com as possibilidades que estão batendo a nossa porta. Investimento em educação já!

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